O que mais chama a atenção nesse brinquedinho para poucos é motor central, posicionado atrás da cabine e visível do lado externo pela tampa translúcida. É um 4.2 litros com oito cilindros em V, dotado do sistema FSI (injeção estratificada de combustível) e acoplado à transmissão automática de seis velocidades R tronic ("irmã" da excelente S tronic que equipa o A3 Sportback e o TT). O motor é capaz de entregar 420 cavalos de potência a 7.800 rpm, e gera torque de 43,9 kgfm, disponível a partir dos 3.500 giros.
O novo Audi R8, com seus genes de campeão, é fabricado na unidade da montadora de Neckarsulm, na Alemanha, e foi destaque do Paris Motor Show, no final do ano passado. O modelo foi apresentado pela primeira vez há três anos no Salão do Automóvel de Frankfurt, como o protótipo "Le Mans Quattro", derivado do modelo de competição R8, que já venceu cinco vezes a tradicional corrida 24 Horas de Le Mans.
A carroceria, feita em alumínio, pesa pouco mais de 1,5 tonelada. Por isso, cada cavalo do motor precisa puxar apenas 3,71 kg. Não admira que o Audi R8 vá de zero a 100 km/h em 4,6 segundos, e de zero a 200 km/h em 14,9 segundos. A velocidade máxima, segundo a fábrica, é de 301 km/h. Isso tem um preço: no tráfego urbano (sempre segundo a Audi), o R8 bebe um litro de gasolina a cada 4,5 km rodados. Na mesma condição, despeja imorais 528 gramas de CO2 (dióxido de carbono, gás do efeito estufa) a cada km (a União Européia quer limitar as emissões a 120 g/km).
Após ser acolhido no interior do R8 pelo envolvente banco esportivo (em couro), basta deslocar a alavanca do câmbio R tronic para A (de automático -- não há a posição D, de drive) e fazer o carro rodar. Pode-se deixar a transmissão trabalhar sozinha (e, aparentemente, ela sempre vai procurar o máximo de força), ou então realizar trocas seqüenciais na própria alavanca ou nas borboletas atrás do volante. Que, aliás, tem a base achatada, aumentando a sensação de estar dentro de um bólido.
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